STRESS PROFISSIONAL E O AMBIENTE DE TRABALHO
O estresse é uma reação universal experimentada tanto por humanos como por animais.
Ele ocorre quando os eventos desafiam nossa capacidade de reagir a eles.
Hans Selye[1], conhecido como o “pai do estresse”, por seu trabalho pioneiro sobre o assunto na década de 1.930, descreveu o estresse como uma “reação não específica do corpo a qualquer exigência - agradável ou não”.
O estresse gera ansiedade e provoca reações tanto físicas como psicológicas.
O artigo Psicologia e Sociedade descreve em seu bojo as estatísticas concernentes aos transtornos mentais menores e estes acometem cerca de 30% dos trabalhadores ocupados e cerca de 5 a 10% dos trabalhadores de forma grave.
Devido a tecnologia, que a vida moderna observa a cada dia, o empregado tem a necessidade de ajustar-se a este padrão, sendo sempre testado, observado, por seus chefes e colegas, o que lhe gera uma fadiga física e mental, causando assim o Stress Profissional.
Este vem a ser um dos mais graves fatores negativos no meio ambiente de trabalho.
Nos últimos anos a psicologia sofreu diversas alterações em suas teses, que cada dia mais estão sendo colocadas em prática, principalmente, no ambiente de trabalho, o qual deve sempre estar saudável para o bom desenvolvimento do empregado e progresso da empresa.
Em vários pesquisas, observamos nas estatísticas que para um ambiente de trabalho seja realmente salubre, há a necessidade de um maior entrosamento entre chefes e seus empregados, e os primeiros devem propiciar aos últimos atividades extras que os auxiliem a manter a concentração, o equilíbrio e harmonia.
Os empregadores com mentalidade mais evoluída, já perceberam que até mesmo financeiramente há maior economia e produtividade na promoção de atividades que visem a melhoria das condições no trabalho, dentre elas, alongamento, meditação, yoga, dentre outros exercícios alternativos.
Na década de 1980, autores como Habermas e Dejours criticaram sobremaneira esta nova técnica de desenvolvimento do trabalho que o tornava “inessencial”, ou seja, sobre este ponto de vista, eles lembravam que o trabalho era considerado como sofrimento, luta, tortura. Assim, acreditavam que o trabalho estava perdendo sua importância.
Contudo, os psicólogos não tinham esta intenção, mas sim um interesse em ver os trabalhadores exercendo suas funções de maneira mais saudável, evitando assim, que os mesmos adoecessem devido a pressão e ao estresse no trabalho.
Estudos constatam que em alguns casos, o estresse é hereditário ou senão concernentes a conflitos familiares, podendo gerar desde uma irritabilidade até uma grave depressão.
Também podemos observar o estresse biológico, também chamado de “ Síndrome Geral de Adaptação ”, cuja ocorrência foi definida por Hans Selye, em 1.936, como um complexo de desgastes, tais como “excesso de peso e radiação, caracterizando-se inicialmente com um alarme, devido por exemplo, a alguma pressão sofrida, que para a pessoa é um choque. Depois a pessoa tenta se adaptar a situação, mas porém, não consegue e acaba chegando a um estado de exaustão.”
O fator estressor faz com que haja uma mudança comportamental da pessoa vitima de estresse, pois ela precisa de um esforço de enfrentamento, uma mudança comportamental para administrar a situação.
A pessoa se intimida, fica insegura, não sabe como agir direito diante daquela situação, que pode ser uma novidade ou uma reação a uma situação semelhante a alguma experiência pessoal que já vivera, que tem alguns componentes que causam alguma sensação de impotência, irritação, descontrole emocional, causando distúrbios e confusões na mente da pessoa.
O que ilustra bem este fato, é a nossa mente reativa, que faz a pessoa ficar paralisada ou a voltar a sentir a mesma sensação que já houvera sentido em outra época, e a leva a agir da mesma maneira que fizera anteriormente. Ela reage da mesma maneira, de forma automática. Assim como o estresse, esta mente tem a função de proteção do sistema imunológico, que age como um alerta. Porém, como observamos, ambos agem de forma negativa.
Segundo o psicólogo L. Ron Hubbard, autor do livro de Dianética, nossa mente se subdivide em três partes: a mente analítica ( que se localiza nos lóbulos do pré-frontal, e como o próprio nome diz, é aquela que analisa todas as coisas e fatos), a mente reativa (que já fora citada e conceituada) e a somática ( a qual gera o que é chamado de “ doença psicossomática).
Doenças psicossomáticas, segundo o mencionado autor L. Ron Hubbard, “ são aquelas que têm origem mental mais que não são necessariamente orgânicas.” Psico refere-se à mente, e somático ao corpo. “A mente faz o corpo ficar doente, ou doenças que foram criadas fisicamente dentro do corpo por alguma disfunção mental.”
Assim, no ambiente de trabalho, algumas pessoas chegam a ter um esgotamento total, que é chamado de Síndrome de burnout, por Marlach e Jackson 1981, que causa uma exaustão emocional, despersonalização e menor atenção e dedicação ao trabalho.
Observamos assim que o estresse não se observa apenas no ambiente de trabalho, mas sim em qualquer situação que fuja a compreensão ou a adaptação da vitima estressada.
Neste sentido, que os psicólogos pesquisadores começaram a concluir que a melhor maneira de se evitar o estresse em qualquer situação seria a terapia cognitiva-comportamentais, fazendo com que o sujeito voltasse a ter ânimo (alma), e por intermédio de terapias alternativas, exercícios físicos e técnicas de relaxamento, resgatasse toda sua capacidade e voltasse a ter autoconfiança.
O estresse da pessoa, que foi vitima de assédio moral pode causar doenças psicossomáticas, alterações na a libido, perda ou excesso de apetite, ansiedade tóxica, em que a pessoa não tem controle de sua mente, querendo fazer tudo ao mesmo tempo ou senão apatia, em que faz com que a pessoa perda a vontade de trabalhar, se relacionar, viver.
O Escritor Máximo Gorki já dizia:
“ Quando o trabalho é um prazer, a vida é uma felicidade! Quando o trabalho é um dever, a vida é escravidão.”
Numa situação de pressão, ocorrem eventos bioquímicos e psicológicos que preparam a pessoa para a ação, chamados de reação “lute ou fuja”.
Assim, o fluxo de sangue vai para os músculos, o hipotálamo libera adrenalina e cortisol para a corrente sanguínea, a respiração fica mais apressada, o batimento cardíaco aumenta e as glândulas supra-renais produzem mais adrenalina.
O risco é que se esta situação persistir, a saúde pode ser seriamente afetada.
Essa reação é temporária e o corpo volta ao estado de equilíbrio assim que o perigo cessa. Porém, quando novamente observa a pressão aumentar ou se mantém por um período, o corpo reage como se estivesse em constante estresse e produz substâncias químicas que enfraquecem o estado imunológico.
Sintomas físicos menos graves que demonstram um indício de estresse são dores de cabeça, insônia, úlceras, distúrbios digestivos, falta ou excesso de apetite, problemas de pele como acne e eczema.
A supervalorização também faz o profissional se sentir pressionado, pois, tem sempre que “estar mostrando serviço”, e não sabe o que fazer para não cometer equívocos.
Sempre com receio de perder o emprego, o empregado se sente pressionado a cumprir horários exorbitantes, perseguições entre outras formas de pressão.
Na determinação do adoecimento mental estão as patologias derivadas da exposição a substâncias químicas tóxicas e a agentes físicos como o ruído, por exemplo.
A previdência social descreve algumas das patologias que podem ser conferidas no adoecimento mental que podem ser: demência, transtorno cognitivo leve, transtorno orgânico de personalidade, transtorno mental orgânico, episódios depressivos, neurastenia.
Acredita-se que a melhor maneira de solucionar e evitar o estresse profissional e conseqüentemente o assédio moral, seria um maior respeito entre colegas de trabalho, e especialmente o empregador.
Assim, as empresas devem ampliar sua visão no que se refere ao empregado, e até mesmo ao superior hierárquico, para proporcionar um ambiente salubre, como forma de prevenir a fadiga e o desgaste físico e emocional de seus empregados.
Deste modo, a melhor maneira de aprimorar o bom relacionamento entre empregados e empregadores, sendo que em determinados momentos a pressão no ambiente de trabalho, devido aos prazos, dentre outras questões, seria o de proporcionar-lhes lazer durante alguns períodos do dia, tais como, aulas de relaxamento, yoga, meditação ou alongamento.
Segundo algumas estatísticas, tais formas de procedimentos no meio ambiente do trabalho, vem proporcionando muito melhor rendimento e produção dos empregados, o que gera muito maior lucro, do que um empregado descontente, estressado e deprimido.